Caminhada




Acabo de fazer minha primeira caminhada funcional do ano.
Meu querido aparelho santinelle quebrou e, como uma minimalista que se preze, pesquisei muito os preços de aparelhos novos antes de comprar e resolvi primeiro perguntar se o velhinho tem conserto e quanto fica. A assistência técnica é no centro da cidade. Comecei a aventar a ideia de ir a pé porque é muito, muito difícil estacionar no centro; porque uma das metas é deixar o mais possível o carro na garagem e porque seria mais econômico e saudável. Fiquei imaginando se eu conseguiria a façanha e, olha, challenge accepted! É claro que isso foi possível por que estou de férias, já que ir até a assistência demorou, nada menos do que duas horas ( descontando o tempo que aproveitei para olhar as lojas baratenhas que, gente, só no centro). Adorei a experiencia. Não gastei dinheiro com estacionamento, não fiquei estressada imaginando se amarelinhos me multariam ( caso eu parasse na rua), e obviamente exercitei os músculos. Ah como é bom ter tempo gente, que sensação maravilhosa de não ter que fazer nada correndo, rsrsr. Enfim, é claro que tive que ficar atenta para algumas coisas: não podia gastar dinheiro no centro ou a economia do carro ia pro beleléu, tive que ir com roupichas de ginástica, nada de sapatinho bonitinho e roupinha delicada ou eu não aguentaria depois, já mais cansada,  subir a avenida que volta para cá...mas eu não deixei de comprar duas coisas que eu precisava e que estavam muito baratas nas americanas. Essas duas peças de roupas íntimas (soutiens novos, ueba!) eu de qualquer maneira ia ter que comprar e pensei , na hora, que evitava de depois ter que procurar...de ter que sair pra isso. Ai, enfim, amei a experiencia da caminhada funcional e recomendo!!


Sobre se vale a pena consertar o aparelho depois eu conto. espero que sim, pois os novos não saem menos de 120 dilmas por aí! Quando eu era criança e alguns amigos meus viajaram para o japão, voltaram contando que lá tudo se jogava fora, mesmo que se quebrasse uma pequena peça. Lembro que isso foi um espanto para todos nós, saber que se catava no lixo televisões e outros aparelhos quase novos, nós aqui ainda tinhamos o hábito de usar e consertar até a última possibilidade. 

Nunca imaginei que com o passar do tempo veria a nossa cultura mudar e englobar o hábito do "quebrou compra outro" tão fortemente. Eu, de fato, não tinha nem pensado em assistência técnica. No automático, a primeira coisa que pensei foi "droga, vou ter que comprar outro". Fiquei contente de ter tido essa idéia por vários motivos, dou $$ pros técnicos e pequenos proprietários e não pra industria e também diminuo a produção excessiva da industria e de lixo. Cheers!

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